sexta-feira, 5 de março de 2010

Sem Título!

Pessoal...estarei, periodicamente, divulgando aqui alguns textos meus –uns escritos recentemente, outros há muito tempo.
Espero que vocês leiam e comentem, ok.

Sem Título!

Imagine se você, numa tarde dessas, estivesse assistindo um programa qualquer e de repente, subitamente, fosse abalroado, sem ao menos ser apresentado, por este sentimento que por vezes nos deixam deficientes, ainda que momentaneamente, pois “queimam” nossos neurônios e nos faz voar: a paixão.
Ah...inebriante! Vento no rosto e ver tudo azul...e quando acaba, olha o tombo, o calor do s hematomas e por fim só vemos os passarinhos voando ao redor de nossas cabeças.
Mesmo assim, com todos os riscos, penso que se deve viver e sentir tal sentimento, porém, calado. Não se deve bradá-la aos quatro ventos. Nem cantando. Nem embelezá-la. Não ficar imaginando ou confabulando serenatas e coisas do gênero, pra que não se crie falsas expectativas e caia sempre nos mesmos erros. Os de sempre. Uma vez mais.
É que paixão é algo meio cretino. Aliás, cretina.
Mas, deve-se sim, vivê-la. Intensamente! E a certeza é o calor da outra pessoa perto da gente. Colados. Quase uma só.
Há momentos em que não vamos em saber onde chegar mas a paixão nos dá uma certeza: a de que ficarão pedaços nossos pelo caminho, pelas estradas solitárias, nos momentos de angústia, pelos escuros que tivemos que suportar quando crianças, nas festas e outros momentos mais.
E é obvio que sempre haverão pessoas com nossos pedaços também e as vezes nem sequer sabemos com quem está, se bem ou mal cuidado. Se já não foi passado adiante.
As vezes sinto falta de alguns pedacinhos meus, mas também me farão falta se eu tiver que devolver os pedaços dos outros que agora estão comigo. Agora são meus.
Se todos tivessem o coração fechado, talvez não haveriam tantos pedaços de tantas pessoas diferentes por aí e ninguém choraria ou gritaria a dor do outro. Sim, seríamos poupados de tudo isso. Os sentimentos seriam controlados.
Mas na maioria das vezes, não somos nós a possuirmos os sentimentos e sim eles que nos dominam. Então, já não pensemos...sintamos!
Que a remoção tenha seu espaço. Sim, mas não totalmente. Que haja espaço e ambas, razão e emoção, possam compartilhar uma vida inteira de despedaçar e reconstituir-se, como um Frankstein moderno, onde corpo e mente abertos, funcionam como um antídoto a tudo mais. Viva!

Ps. Entenda-se paixão como tudo aquilo que se faz com afinco...com ardor...não somente a paixão enlouquecedora por alguém quer nos faz perder a cabeça.
Pode ser por opção política, por profissão...tantas coisas...por alguém também...

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