terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vamos brincar e rir a tôa ???

Como alguns sabem, muitos pensam e tantos e tantos outros afirmam, sou do tipo que senta no fundão da escola, faculdade, e até palestras, mas que procura ajudar muitos e brinca com todos. No trabalho, não há um dia que perdure meu mal humor. Creio que sequer dure duas horas. E olha que por quase todo motivo. Quase. Sou um bem humorado e brincalhão convicto.
E sabemos muito bem que nos dias de hoje, devido à correria imperante do mundo moderno, nos esquecemos de coisas essenciais que já trazemos desde criança: brincar. E brincar significa sorrir! Logo associamos criança + brincadeiras = risos. Risos que por fim levam a felicidade, ainda que momentânea.
Alguns podem dizer ou pensar: E o que temos a ver com isso! Não somos mais crianças! Mas não são somente elas que se beneficiam dos risos advindos das brincadeiras. Aos adultos o benefício é maior ainda. E sorte daqueles que ainda conseguem fazer da vida uma gostosa brincadeira e rindo, exercitando seu cérebro e rejuvenescendo-se. Até os animais sabem disso. Basta observá-los.
Cabe-nos diferenciar o que é brincar de ser responsável. Sim...nem sempre a pessoa brincalhona é irresponsável ou vice-versa. Sisudez não é sinônimo de seriedade ou idoneidade.
Todavia, com a turbulência cotidiana,podemos observar que ao longo do tempo a maioria das pessoas vão perdendo as características que as lembrem sua infância. Não as birras e chorôrôs mas aquelas sensações de leveza, das coisas boas, espontâneas, criativas, que não necessitam ser ofensivas. Nem de hora ou regras, de alta tecnologia ou dinheiro. É que quando nos tornamos adultos e ser feliz, em muitos locais, exigem hora e obediência a certas regras.
Muitas corporações, na prática, abusam dos funcionários, pressionado-os em busca de produtividade, contrastando com a imagem exibida em suas propagandas exploram o lado humorístico e de bem-estar em suas propagandas para impulsionar suas vendas. Podemos ver isso mais claramente em comerciais de bancos, automóveis e muitos outros.
Porém, em outras, há o estímulo para que os funcionários, alguns executivos até, se sintam a vontade para que “liberem” seu lado criativo. E geralmente o ambiente de trabalho destas pessoas são decorados com brinquedos, cores e outros apetrechos que os remetam à brincadeiras. E o por quê disso tudo?
Oras, os cientistas creem que a sinapse (momento de grande conexão entre as células cerebrais) é a grande responsável pela criatividade e esta é atingida em maior ênfase durante as brincadeiras e risos pois através dos estímulos físicos e sensoriais advindos das brincadeiras, risos e gargalhadas, as conexões entre os cerebelos são reforçadas, aumentando a capacidade motora das crianças e preservando-as no adulto.
Então, para o adulto, brincar é essencial à saúde, seja mental, emocional ou intelectualmente.
Mas, dentro de um futuro não muito distante, como existirão adultos saudavelmente brincalhões se hoje as crianças já estão ocupando cada vez mais seu tempo com compromissos que com brincadeiras? E alguns podem até dizer que a criança, apesar de compromissada com suas aulas de inglês, espanhol, programação, javanês e outros tantos “issos”, brinca, interagindo com outras através da internet e tal.
Quando digo brincar, refiro-me às brincadeiras de contato, de olho no olho, de correr, suar, rir junto (não friamente como na rede mundial), anestesiando a razão e sem medo de parecer tolo. E até brigar durante as brincadeiras, por que ao menos estando juntos, é maior a hipótese de reatar amizade e dar aquele abraço como que pedindo desculpas.
Brincar e rir, fora estreitar as relações pessoais proporciona o aumento da auto-estima e do sentimento de prazer obtidas pelo exercício diário e faz com que ganhemos também no quesito saúde, pois este gostoso hábito pode nos proporcionar o estímulo do sistema circulatório através do aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e ainda o reforço da capacidade imunológica quando reduz o estresse e evita a proliferação dos radicais livres.
Vale lembrar que rir de tudo ou de todos nem sempre é sinônimo de brincar ou estar se divertindo (se bem que a maldade para alguns é diversão e causa-lhes torpor o sorriso, ainda que estimulado, na maioria das vezes, pela inveja) mas sim é que a alguns não resta mais nada a não ser sorrir. E isso vem naqueles momentos adversos quando já se está no fim da linha, quando a segurança do cidadão é praticamente zero, Vem aí a desculpa de rir de tudo quando na verdade se chora por dentro. Isso é desespero, como diz a música.
Neste caso é hora de ser sério, mas sem deixar de ser sereno. De deixar aflorar o sentimento de indignação, mas sem violência, e exigir aquilo que lhe é de direito. Indigne-se: quando vemos crianças passando necessidades, quando impera injustiça ou quando há violência de qualquer tipo. Manifeste-se: contra mandos e desmandos de “autoridades” sejam em quais instancias forem. E use e abuse do bom humor pois muitas manifestações são realmente feitas desta maneira, característica do povo brasileiro.
Mas não se deve achar tudo, tudo, engraçado.
Eu não acho.
E você, acha?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ainda que eu falasse a lígua dos anjos...

Apesar de não ter uma crença como a maioria, religiosa e dogmática, gosto de muitas passagens da Bibllia e uma delas é a Epístola de São Paulo aos Coríntios.
E nesta Epístola fica claro que Paulo não falava línguas de anjos e tal pois ele mesmo mencionava a frase: "ainda que eu falasse."
E mesmo que ele falasse, sem amor, suas palavras e ações não teriam qualquer valor.
Transcrevo abaixo a maravilha que é a Epístola:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.”

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Liberdade???

É comum lermos algumas frases ou escritos de alguns autores e propagá-los como se verdade fosse....como se os escritores de outrora fossem os aplicadores de sua filosofia e proferissem verdades absolutas.


Podemos até crer que Voltaire e sua filosofia lutava a favor da liberdade.

Ao divagar e dissertar sobre idéias sejam de quaisquer autores, é mister fazermos antes uma análise, ainda que suscinta, a respeito das idéias deste afim de não propagá-las como dogmas a serem seguidos.

Neste caso, vale lembrar que este Voltaire (sim, este mesmo pensador francês)que muitos citam como defensor da Liberdade, na verdade era sócio de pessoas que praticavam o comercio de escravos. Legal e Liberal esse Voltaire, não? Além disso, defendia um poder centralizador, geralmente nas mãos do Rei.

E é assim que de muitas maneiras nos oferecem/vendem a liberdade, nos levando a escolher produtos com marcas diferentes sejam em vitrines ou prateleiras mas sem termos o direito de poder ao menos escolher um modelo social que contemple a todos.

Assim vivemos a liberdade do neo-liberalismo que impõe a todos uma sociedade em que impere a injustiça e a impunidade. A dos governantes que ludibriam o povo em meio a discursos demagogos amparados por um sistema eleitoral viciado em que não há de fato uma reforma no modo de governar e legislar dos políticos, que fazem discursos de um jeito nas campanhas e depois traem a confiança do povo.

A desses políticos que usam e abusam das sinecuras do poder e aproprianm-se do dinheiro público e que não respeitam o patrimônio público e usam o dinheiro público como objetos deles.

É essa liberdade cujas raízes se fundam em uma exclusão social e o aumento da pobreza.

Concluindo: vivemos numa sociedade em que a liberdade é vigiada...

domingo, 13 de setembro de 2009

Não ao extremismo...


Sempre procuro estar atento aos pensamentos de quem os rodeia e no destempero e radicalismo que as palavras, quando aceitas sem questionamentos, eventuiualmete podem fazer na vida dos que estão no entorno.
E ontem, tal não foi minha surpresa quando li o que uma pessoa escreveu a respeito do uso do alcool.
Tratou a bebida nossa "de quase todo dia" como se esta fosse a responsável por quase todos os males da sociedade e comparando-a com outras drogas, consideradas ilegais.
Superficial demais e unilateral...e se considerarmos o que o autor enfatizou: "cada um faz da sua vida o que bem entender, mas o que faço, repercute na vida de outra pessoa", poderíamos crer então que as religiões são drogas??
Pois se levarmos ao pé da letra que o : " termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento."
Bom...bebida alcoolica e religião não são proibidas por aqui...então se pesarmos da forma como o autor pensou, posso crer que o uso exagerado, as diferentes interpretações e aplicação ao pé da letra da palavra "divina" causa sim modificações de humor, comportamente, as sensações e percepções do mundo à sua volta...leva a muitos tomarem atitudes extrema...e isso ao longo da história da humanidade...sempre em nome de Deus.
Desde que o mundo é mundo sempre ocorreram sacrificios humanos em todas as partes do globo em nome dos Deuses...Aconteceu quando a Igreja Catolica declarou que os negros não tinham alma e poderiam ser escravizados (durante esse período milhoes morreram por causa das cruzadas em nome de Deus (muçulmanos e católicos)...quando esta mesma Igreja fechou os olhos para o massacre do Holocausto...os milhoes que morreram no holocausto.
O ataque às torres gêmeas foram causados por pessoas abstêmias do alcool...e o contra-ataque também foi impetrado por países cuja maioria é adepta do protestantismo...
Levando-se em consideração os conceitos que você elencou para classificar a bebida como à droga e consequentemente seus efeitos nocivos à sociedade em geral, qual a diferença entre as duas???
Creio eu que o problema não está no fato da bebida ou religião. Está na natureza humana que se transforma em caos social quando o uso de ambos (acontece concomitantemente, tá)é exagerado, podendo ser precedido por problemas existentes na vida pessoal de cada um. Tanto o alcool quanto a religião, em doses sensatas (ou socialmente) podem sim ter efeitos reguladores na vida do ser humano, ajudando-o a ter um pouquinho de felicidade, ainda que momentânea.
Tanto o sujeito que está no bar com os "irmãos de copo" quanto o que está na igreja com "os irmãos de fé", ambos estão ali tentando "esvaziar" as agruras absorvidas após horas (ou dias) de trabalho, submissão e se revigorando mentalmente e espiritualmente.
É o que penso!