sábado, 1 de maio de 2010

É...dá saudade...


Feriado ...sem muita coisa por fazer e tal e tals...e então, mais que de repente começa a bater saudade de lugares, pessoas e momentos vividos que estão lá na caixinha, guardados num lugar para que não nos abandone -e não abandonará, pois são coisas, boas ou más, que não podem ser apagadas com o tempo... e que por vezes pode ser melancólica e ainda assim temos vontade de revivê-las, ainda que em sonhos.
Confesso que dia desses, fiquei com muita vontade de sair na chuva e correr, e gritar, e pular.
Me lembrei de quando jogava bola na chuva lá no Piranhão (que nome, meu Deus), o antigo “estádio” de futebol de Miranda. A história do porque deste nome eu conto outra hora. Ou então tomar banho de rio e ver a diferença da temperatura da chuva que cai, fria, da água agora quentinha do mesmo rio. E pular, como doido, dos barrancos à beira deste mesmo rio. E pescar neste rio. Ou então apenas olhar a agua correr e passar embaixo da ponte deste rio...heheheh...tomando um teras.
Era tanta coisa boa...tantas histórias engraçadas e outras, nem tanto...
Saudades do Valdir “Cearenso”, do Zé “Baragão”, do Cesinha “Bola de Pacotão”, do Ênio, do Valmir e outros. Saudade do nosso time de futebol – essa equipe merece uma crônica...ô se merece.
Eu tinha costume ir e voltar da escola andando nos trilhos do trem que cruza o pantanal...os amigos que brincavam dia e noite...as namoradinhas...as cabulações de aula...os jogos de futebol no campo ao lado da minha casa...das frutas que pegávamos nos terrenos alheios com ou sem o consentimento dos donos. Nós até pedíamos e se dissessem não, a gente comia assim mesmo.
A sopa de banana da minha mãe...o caldo de mocotó do meu avô...e acompanhar minha avó, quase beata as suas idas à Igreja me tornaram coroinha do tipo que fazia catequese assíduamente...é claro que o fato de haver meninas bonitas por lá não contava, era só um detalhe...rsrssr...
Sem contar os sorvetes, picolés e refrescos que meu pai fazia e que eu saboreava enquanto ficava no balcão para ajudá-lo no atendimento.
E aqui um, tenho que confessar...saudade do norte de nossas vidas, minha e de meus irmãos: meu pai! Índole incomparável. Incapaz de aproveitar-se de quaisquer situações e levar vantagem. Modelo de coerência e sabedoria.
É...realmente eu vivi uma infância feliz...e a adolescência...e a época do inte e agora tô vivendo muito bem a do inta...posto que a vida é feita de momentos, passados, presentes e futuros, e todos não mais se repetirão… não da mesma forma…mas...C'est la vie!
Eu, depois de tantos anos vividos - nem tanto...nem tanto,  entendo que a saudade é possível somente com a ruptura da ligação sentimental causada por fatores diversos, que gera medo e apreensão. Por um tempo, que seja de preferência breve, teremos de conviver com a ausência ou indiferença, seja nossa ou para outrém ou vice-versa, mas é necessário essa “descolagem” para que possamos viver o presente em sua plenitude.
É...me impressiona como a vida tende a tornar-se tão parecida para todos, mesmo que tomemos caminhos opostos, com pessoas estranhas, sempre acabaremos mais ou menos iguais: com grandes lembranças... como e disse no começo, boas ou más recordações...e as boas se tornam SAUDADES...

Nenhum comentário:

Postar um comentário